Quem me conhece sabe o quanto amo viajar. Não importa pra onde, só o fato de estar na estrada ou no avião já me deixa super animada. Porém ultimamente não tenho viajado com muito frequência como gostaria. Por exemplo, ano passado fiz somente três viagens: Guarujá (SP), Pernambuco e Brasília. E agora, estou no final da minha estadia na Cidade Maravilhosa (AKA Rio de Janeiro) e comecei a refletir sobre uma série de coisas que reparei ao longo da viagem.
Carioca é um ser engraçadíssimo. Tipo, sério mesmo. E totalmente diferente do paulista. Vamos começar pelo sotaque. Que o carioca tem um sotaque (na minha opinião, apaixonante), não é surpresa pra ninguém; é divertido aquele chiado na fala, tipo, puxando o “s”. E não é só o sotaque, tem o carioquês também. Enquanto nós, paulistas, falamos “bolacha”, “descer do ônibus”, “da hora”, “mano” e “meu”, entre outros, os cariocas falam: “biscoito” (lê-se bixxxxxxxxscoito), “saltar do ônibus”, “maneiro”e “cara”.
Paulistas estão sempre preocupados com a hora, andam com o passo acelerado e em hipótese alguma pode esquecer de levar um casaco ou guarda-chuva na mochila; porque em SP é assim, tempo maluco. Em um dia só faz calor, frio e ainda chove. Já o carioca, é tranquilo. Gosta de usar bermuda, e anda de chinelo até mesmo no metrô. E quando está muito calor, tira a camiseta, coloca no ombro e sai curtindo a ~brisa~.
Mas bizarro mesmo é o carioca no inverno. Basta fazer menos de 25 graus ou chover que já é desculpa e motivo pra vestir casaco, bota, cachecol e toca e sair desfilando por aí. Ah, e se você está a fim de levar um tapa ou sofrer bullying aqui, é só gritar “bolacha” no shopping ou qualquer lugar público e chegar aqui falando com sotaque paulista. E pode ter certeza que vão te zoar pra valer se você for daqueles que o sotaque é o paulista de interior. É, aquele que puxa o “R” e fala que nem caipira (como eu).
Apesar de todas essas diferenças, eu amo o Rio de Janeiro. Gosto da sensação de paz que sinto quando estou aqui, relaxada, sem pressa. Ainda não conheço a Urca ou Enseada de Botafogo, mas oportunidades não faltarão. Mas ó, eu não troco a minha Av. Paulista, Ibirapuera ou Liberdade por nada. E ai fica aquela questão: morar em SP ou Rio? No caso de dúvida, posso viver de ponte aérea mesmo.
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