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Como a mídia pode mudar nossa maneira de viver

A mídia nunca fez muito por nós, afinal somos nós que fazemos a mídia, ela é a estrada e nós somos os carros, cada qual com teu passageiro, que são nossas ideias.
Dava para colocar metáfora nesse trecho a vontade, a gasolina poderia ser a força de vontade, as placas de sinalização seriam quem dá uma mãozinha na divulgação de uma palavra, o quebra-molas (acho que chama lombada nesses lugares aí que não são em MS) de repente são cada desânimo que dá quando não se é ouvido, deu para entender, toda nossa geração junta faria mais trânsito do que esses de São Paulo.
Mas a mídia tá aí faz muito tempo, então o que difere os jornais do século dezoito dos jornais de agora?
Justamente a estrada, ela tá bem melhor pavimentada. Esse texto é um incentivo para vocês esticarem essa coluna e arranjarem um jeito de mostrar tuas ideias pro mundo.
Minha sugestão para quem quer entrar na área de comunicação: Teatro.

Hoje em dia tem muita gente com espírito de ator virando vlogger, porque tem vergonha de platéia, mas na real que se tu quer fazer tua ideia crescer vai ter de lavar a cara e conversar, e o teatro ajuda pacas nisso.
Vou me passar como exemplo, quando entrei no teatro no quinto ano, eu era uma tartaruga manca, eu era aquela criança que quer ser a árvore na peça saca? Fiz teatro por dois anos a partir daí, até que não dava mais para fazer porque acabaram as turmas, mas minha vontade de falar só vinha crescendo.
Comecei a fazer eventos nos quais eu subia num palanque e falava para cem pessoas, trezentas que fossem, minhas ideias.
Eu, que era a menina mais quieta da sala, me tornei oradora da turma.
Meus professores de português se orgulhavam de mim por ser o nome da sala em questão de redações, ganhando de centenas de textos informativos com uma história infantil sobre uma nuvem que viaja no tempo.
A comunicação é a mãe da mídia, nós definimos a ordem do material genético, se tu não tem coragem de mergulhar de cara no teatro pode pegar mais leve, tenta um diário, passa para um blog, de repente um vlog, e em poucos anos tu vai estar aqui pra onde eu fui parar, de tartaruga manca para a mais nova num grupo de cineastas. Basta coragem na real, falar a gente sabe já desde pequeno.
Obviamente eu não poderia deixar de citar as “redes sociais”, caramba é o inferno dos pais e o paraíso dos que querem chamar a atenção. No caso, todo mundo que trabalha ou mexe com mídia e comunicação. Use e abuse delas, tão aí para isso, mesmo que teus amigos te bloqueiem e tudo porque tu não para de pedir para curtirem páginas.
Não quero tentar esconder que o que todo mundo nessa área precisa é ser o centro de tudo, e isso é um baita egocentrismo, mas é o que garante nossa Nutella de cada dia. Não significa que tu vai sair pelado no metrô, mas que tu vai gritar sua ideia e sua palavra de toda maneira possível até achar pelo menos uma pessoa que concorde contigo, que goste do que tu faz.
Agora o tema da criatividade, aquela coisa básica “escola mata criatividade tralalalala”.  Discordo, se escola matasse criatividade ninguém jamais seria tão criativo quanto nós, porque nunca os jovens desafiaram tanto a escola quanto hoje em dia, o que mata a criatividade para mim é o pensamento que se uma vez te disseram que depois de “A” vem “B”, tu deduz que sempre o “A” vai ser seguido por “B”, daí alguém vem te dizer “A bola” e tu fala que aprendeu de outro jeito e que assim tá errado (não vai levar no pé da letra pelo amor né gente).



Eu te dou uma folha para desenhar, tenta fazer um círculo dentro, não padroniza se não quiser ser mais um Fiat Uno nessa estrada, tenta ser um Fusca rosa choque um pouco que tu vai chegar mais longe.

BEIJOS, SABRINA

Um comentário:

  1. Sei bem e repito com certa frequencia tudo isso que você falou porque estava dando aula no Estado... E eles também manipulam bem a mente das crianças.
    A Bela, não a Fera

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